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Cultura organizacionalO distanciamento social transformou operações presenciais em remotas do dia pra noite. Vamos compartilhar com você caminhos validados para alavancar times no novo contexto digital.
"Ei, você tá no mudo"
"Desculpa, caiu a conexão aqui"
"Não sei o que acontece, mas esse link não funciona"
"Esse cachorro latindo no fundo é seu?"
Não que essas frases já não fizessem parte do nosso dia-a-dia… Mas, nas últimas semanas, elas viraram quase que um mantra rotineiro na vida de muitas empresas. Aliás, esse vídeo divertido aqui retrata bem demais essa nova rotina de trabalho em um novo contexto digital.
Ainda que muitas empresas já tenham nascido e prosperado com uma operação 100% remota, muitas outras sequer tinham uma política de home office estabelecida. Ainda assim, em ambos os casos, concretizar um time unido e engajado no ambiente digital não é trivial e exige um empurrão (ou alguns) para se tornar realidade consistente nas organizações.
Esse empurrão já é super desafiador entre times fixos e que já estão acostumados uns com os outros. Mas, pra adicionar mais a essa equação, temos outros formatos de time na mesa:
Aqui na weme, por mais que nossos times estejam bem acostumados com o trabalho remoto, sempre demos um valor enorme à presença física:
Mas, do dia pra noite, a nossa base presencial deu uma pausa forçada.
E por isso, da noite para o dia, corremos para encontrar rotas alternativas para manter a mesma união e engajamento não só entre nossos times internos, mas também entre os times que formamos com nossos parceiros.
Queremos compartilhar os 6 melhores caminhos validados por nós para que mais times se encontrem tão próximos e motivados quanto se estivessem juntos na mesma sala. Bora juntos?
Tempos complexos como o que estamos vivendo despertam propósitos genuínos entre times. Muitas empresas estão na luta por perseverar na crise, outras estão fazendo de tudo para apoiar segmentos que realmente precisam de ajuda. Colegas de trabalho precisam de apoio e muitos encontram no trabalho uma forma de contribuir e fazer a diferença na crise.
Nesse sentido, pode ser poderoso explorar e despertar um propósito em comum no time. Pode ser uma missão, uma causa. O importante é que estejam todos unidos para atingir um objetivo comum - e cada um precisa enxergar sua relevância para contribuir na jornada.
Aqui na weme, por exemplo, a meta de digitalizar 100% da operação para manter o sonho da empresa vivo fez com que todo o time, cada um do seu jeito, se unisse para transformar as experiências presenciais em digitais em um hackaton de 48h. Com a missão cumprida, conseguimos distribuir o sentimento de dono e o time ficou ainda mais unido para os novos desafios que certamente virão.
Não tem jeito: o ambiente digital pode causar um distanciamento que leva a atritos indesejados. Uma mensagem torta, um atraso de reunião, um pedido fora de horário ou mesmo uma frase aparentemente mais fria podem ser mal interpretados na falta de um olho-no-olho que clareia muito as coisas.
Por isso, combinados de time ajudam muito a antecipar esses atritos através de regras em comum para evitar desentendimentos e deixar a comunicação mais clara mesmo com a distância.
Dentro dessas regras, sugiro alguns tópicos que validamos nos times da weme:
Pra completar essa lista, fizemos um post só com hack super úteis para esse alinhamento de times remotos (você pode acessar aqui).
Se você digitar "ferramentas de colaboração remota" no Google, vai encontrar uma variedade sem fim de opções para organizar a vida e a rotina do seu time. Isso é muito bom, mas ferramentas em excesso podem desgastar a dinâmica e a produtividade do time.
A tecnologia pela tecnologia de nada adianta. Ela deve ser um vetor, um caminho para atender a uma necessidade do time. Para facilitar nessa seleção, separei alguns pontos de alerta que nos ajudaram a definir as melhores ferramentas para nós:
Ferramentas de primeira necessidade:
Atenção especial para o engajamento e nível de interação do time: não adianta ter um monte de ferramentas que apenas algumas pessoas do time gostam. Pelo menos para as ferramentas essenciais, é importante encontrar aquelas com as quais todos encontrem familiaridade e utilidade. Caso contrário, é esforço desperdiçado.
Às vezes, menos é mais: se o time não tiver muita familiaridade ou conforto com muitas ferramentas diferentes, nada como um bom excel ou Google Sheets compartilhado para alinhar tarefas, metas e responsáveis.
No escritório, é natural a conversa no corredor, a parada para um café, um almoço com o time ou mesmo um papo furado antes de uma reunião. Virtualmente, a princípio as conexões são mais frias e objetivas.
Mas é possível trazer esses rituais para manter (ou mesmo incentivar) a conexão dos times, principalmente num momento de quarentena (em que muitas pessoas estão com saudade das conexões e interações). Compartilho alguns dos rituais que temos na weme para você se inspirar:
A distância faz com que muitos líderes não saibam lidar com a falta de controle em relação ao seu time que, agora, está remoto. Por outro lado, os liderados também sentem necessidade de mostrar serviço e acabam inundando o líder com milhões de mensagens só para comprovar que está por ali. Esse excesso de zelo acaba minando a produtividade tanto quanto a falta de comunicação e contato por muito tempo.
Várias metodologias ágeis, como o Scrum, por exemplo, se baseiam em objetivos alinhados em ciclos contínuos com rotinas constantes. Rituais de comunicação frequente com objetivo e pauta definidos trazem muita eficiência para times remotos. Aqui na weme, estabelecemos ciclos com periodicidade semanal que são sustentados por 2 rotinas ágeis importantes:
Quanto mais complexo e incerto é o contexto e quanto mais rápido ele muda, maior é a instabilidade das respostas para os desafios que aparecem na nossa frente. Nesse novo contexto de mundo digital, prospera quem encontra mais rápido os caminhos para se adaptar constantemente.
No entanto, como nem sempre as respostas para os novos desafios que surgem são óbvias, o que nos resta é explorar e aprender novas possibilidades de solução. Nesse sentido, uma curiosidade interessante que percebi ao ouvir cases de startups consolidadas como Google e Facebook é que eles sempre se referem ao "escritório" da empresa como "Campus". "Você já conheceu o campus do Google?".
O Campus é um local de aprendizado colaborativo - e as empresas mais adaptadas ao novo contexto digital possuem um ambiente que propicia e incentiva constantemente o aprendizado de times que estão frente a frente com um novo desafio para resolver. Não saber a resposta não é motivo de vergonha: é motivação para explorar, testar e aprender.
Nesse sentido, não há forma melhor de engajar times com um problema pra resolver do que dar caminhos para aprender o novo juntos. Esse desenvolvimento mútuo e colaborativo com um objetivo em comum nivela conhecimento e traz uma cumplicidade diferente para a equipe.
A cultura de resolver desafios através de experiências práticas de aprendizagem faz parte do DNA da weme (escrevi um pouco sobre como aprendemos rápido na weme nesse artigo aqui). Acreditamos que aprender é uma escolha e quem escolhe aprender junto está motivado a trabalhar para encontrar novas soluções juntos. Por isso, sempre que precisamos aprender algo rápido, criamos uma maratona de aprendizagem focada no objetivo final e que mescla teoria e prática de forma muito intensa e divertida.
Esse nosso jeito de aprender para desenvolver times deu tão certo internamente que começamos a aplicá-lo nos projetos com clientes parceiros: para nivelar o conhecimento sobre um novo método ou sobre o contexto de um projeto, passamos a aplicar a mesma maratona de aprendizagem. Com essa aplicação externa, validamos ainda mais que times que aprendem juntos ficam muito mais unidos para enfrentar o que der e vier.
Referências:
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Marketing Insights: como convertemos pesquisas em melhores tomadas de decisões? (+ kit de ferramentas para auxiliar nisso)
Marisa Oliveira
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