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InovaçãoUma pitada de especulação, outra de futurismo e uma dose generosa de inovação: estamos falando do metaverso.
Quando pensamos na internet há 20 anos atrás, a gente não sabia como isso ia se desenvolver. Embora a gente vislumbrasse casas inteligentes, piloto automático, comando de voz e hologramas, era mais difícil entender o que seria tangível de fato.
Embora a ficção científica se ocupasse de mostrar esses imaginários, por isso mesmo, toda uma área passou a se desenvolver partindo disso: como será o futuro? Para além da ficção, o que podemos esperar? O que, de fato, vamos ver?
Se antes a gente não conseguia saber direito - infelizmente os carros voadores não aconteceram em 2015 - hoje conseguimos pensar melhor na evolução da condição que estamos e da tecnologia que já dispomos.
Às vezes não soa tão bem, como o sci-fi na aclamada série Black Mirror, na Netflix, ou o ponto de não retorno na Amazônia, que pode virar deserto em apenas 20 anos - super real, possível. Mas por outro lado, já temos impressoras 3D fazendo próteses para pessoas em reabilitação motora e também experiências com realidade virtual bem sucedidas no tratamento para dores. Então aqui, podemos afirmar que o metaverso tem tudo para se desenvolver bem ou mal, como qualquer tecnologia. Isso depende muito de quem está construindo essa realidade.
Gostaria de enfatizar que estamos desbravando o assunto. Nos últimos meses, temos estudado tópicos do tema e estamos começando algumas experiências com clientes. Temos nosso hub virtual, que é um protótipo de baixa fidelidade do metaverso. E por lá, conseguimos aprofundar um pouco mais nossas relações, rituais, convivência. Esse hub se tornou parte fundamental da nossa employee experience e, por essas e outras, nosso interesse no assunto começou a crescer.
Tudo isso para dizer que o metaverso está chegando sim, isso é inevitável. É importante ter em mente que isso não vai substituir relações humanas e físicas, nem vai matar atividades que amamos fazer. Mas que isso vai sim evoluir o que experienciamos na internet e, por isso mesmo, precisamos questionar sempre como essas novas formas de interação poderão beneficiar a sociedade como um todo.
O metaverso pode e deve beneficiar as pessoas para além do consumo
Com isso, vamos às perguntas:
O metaverso é um ambiente virtual imersivo, coletivo e (caminhando para ser) hiper-realista. Aqui as interações transcendem experiências bidimensionais da internet que conhecemos para vivenciar tudo em 3D - colocando as pessoas “dentro” do espaço virtual. Neste lugar, as pessoas podem conviver, fazer compras, trabalhar, estudar, conhecer o que quiserem, através de avatares customizados.
A grande questão que as bigtechs e cientistas estão pesquisando para desenvolver é a unificação de diferentes espaços virtuais. O grande diferencial que permite a designação metaverso será a integração entre diferentes plataformas e espaços virtuais, de maneira que todas as pessoas que adentrarem na realidade virtual possam interagir entre si em alguns espaços em comum.
Porque assim como a tecnologia evolui rapidamente, as relações e hábitos também mudam conforme essa evolução acontece. Logo, o metaverso é a evolução do que já experienciamos com a internet - comunicar, informar, fazer compras, estudar, trabalhar… tudo o que já fazemos está sendo aprimorado para acontecer cada vez mais e melhor na realidade virtual.
Como a digitalização dos processos é algo inevitável, podemos dizer que sim. Provavelmente os mais diferentes mercados estarão lá. De primeira é difícil pensar o mercado alimentício no metaverso, por exemplo. Mas depois de conhecer mais o tema, descobrimos que experiências nesse sentido já estão acontecendo: do treinamento de operação de máquinas agrícolas até a escolha de um combo numa lanchonete virtual para receber o pedido em casa. Coisas que já estão acontecendo nesses protótipos de metaverso.
Aqui não tem resposta certa. Sabemos que existem vários metaversos rolando por aí. Decentraland, Cidade Alta, Somnium Space, Meta Horizon Worlds… São diversas possibilidades, como até mesmo criar o seu! É preciso entender qual é o modelo de negócio e quais as possibilidades para atuar nesse meio. Mas uma coisa é certa: o metaverso busca constituir uma economia única, onde todos esses espaços e possibilidades deverão ser conectados.
Então é importante pensar em entrar em um metaverso ou prototipar algum que esteja totalmente alinhado aos objetivos da organização. Assim, quando esse momento de integração chegar, tudo já vai estar devidamente testado, iterado e ajustado para a chegada das pessoas.
O nosso protótipo de metaverso trouxe resultados tão positivos em employee experience que agora estamos trabalhando possibilidades no assunto com cliente bem especial. Em breve poderemos falar mais sobre isso.
Engana-se quem pensa que isso é algo para o futuro; essa construção já começou. E uma coisa é certa: é preciso se preparar para essas experiências que já estão acontecendo e ficam cada vez mais próximas de se tornarem comuns. Então a hora é agora :)
Muitas coisas ainda devem ser aprimoradas para o metaverso funcionar plenamente. Tanto nos dispositivos, quanto nos aspectos virtuais, para permitir essa integração de diferentes ambientes. Porém, é preciso ter em mente que isso o metaverso já é real e que precisamos acompanhar de perto essa construção, colaborando para que esse espaço não seja apenas integrado, mas também democrático, diverso, inclusivo e amigável.
Nós estamos desbravando esse mundo novo que se apresenta e vamos conversar sobre isso na próxima wemetalks. Será no dia 4 de agosto, às 18h.
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